(...) Meu caso é bem diferente dos tipos comuns de mediunidade. Não é mediunidade física, de efeitos materiais, que lança mão de centros humanos e subumanos, de caráter barôntico*. Não é mediunidade intelectual inconsciente, em que o médium funciona como simples instrumento e cuja consciência se afasta no momento da recepção. É, porém, mediunidade intelectual consciente no plano superior em que trabalha e para o qual se desloca, na plenitude de suas forças. É, portanto, mediunidade do tipo mais elevado e chego quase a duvidar que em tais níveis possa inda subsistir toda a estrutura da concepção espírita comum, e se a tudo isso se possa chamar ainda mediunidade, porquanto ela coincide e se confunde com o fenômeno da inspiração artística, do êxtase místico, da concepção heróica, da abstração filosófica e científica, fenômenos todos que possuem um fundo comum e que se reduzem, não obstante as diferenças particulares, ao mesmo fenômeno de visão da verdade no absoluto divino (...) *Neologismo formado de elementos gregos: “baros”, pesado, denso, e “ontos”, ser, entidade. Barôntico: proveniente de espíritos de constituição densa (entidades inferiores) (N. do T.)
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